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Mário Mourão, secretário-geral da UGT – União Geral de Trabalhadores, visitou esta quinta-feira, 23 de Janeiro, o Hospital de Faro, onde defendeu que é preciso «motivar salarialmente» os profissionais de saúde, bem como que se faça «um pacto entre todos» para resolver os problemas do setor a nível nacional. 

O líder da UGT, central sindical à qual estão filiados, por exemplo, o Sindicato dos Enfermeiros ou o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, esteve reunido com todo o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Algarve (ULSAlg).

No final, em declarações aos jornalistas, Mário Mourão classificou a reunião como «muito importante», porque deu uma «perceção daquilo que é este setor e da importância fundamental que tem no país».

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«Levamos daqui a perceção de que é preciso motivar salarialmente os profissionais de saúde. Temos um problema em Portugal que é a fixação de talentos, onde muitas vezes o Estado investe fortunas, mas depois não conseguimos responder a isso porque os jovens são obrigados a procurar outras geografias para terem um salário condigno com a sua formação», acrescentou.

O secretário-geral da UGT, que foi deputado do PS, defendeu que um setor tão essencial como o Serviço Nacional de Saúde (SNS) «justificava um pacto entre todos», até porque, acima de tudo, é necessário «ouvir mais os profissionais de saúde».

 

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Daniel Santana e Mário Mourão – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

 

E o que falta para que se possa avançar com esse pacto?

«A vontade. É um setor onde há muita prestação de serviços, tarefeiros… É preciso dar vínculo, dar confiança para que estes profissionais se sintam realizados e possam, de facto, estar mais motivados para a resposta sensível que têm de dar», disse.

Mário Mourão anunciou também que levará estas questões da saúde à concertação social.

«Queremos ouvir a senhora ministra porque está ao alcance de todos, nomeadamente do Governo e dos agentes políticos, encontrar as respostas para os problemas que tem o SNS: é valorizar mais estes profissionais e de certeza que vamos verificar que, afinal, tínhamos entre portas as soluções para os problemas do SNS», considerou.

Em relação ao Algarve, Mário Mourão falou também da especificidade de alguns problemas como o facto de, no Verão, o número de utentes mais do que duplicar e a «grande abrangência» da Unidade Local de Saúde do Algarve.

Ainda assim, o líder da UGT voltou a vincar que as soluções estão nos profissionais de saúde.

«Não quer dizer que estejam todas certas mas é preciso trocarmos estas impressões, ouvi-los mais do que falarmos e foi isso que a UGT veio cá fazer: ouvir os profissionais para ficarmos com conhecimento mais profundo e dar o nosso contributo», disse.

«O nosso país é um país de salários baixos. É preciso fazermos qualquer coisa para que se inverta esta situação e é possível. O Algarve tem um curso de Medicina, criado para fixar os profissionais na região. Com aquilo que são os salários que se pagam, como é que vamos fixá-los?», concluiu.

Nesta visita ao Algarve, Mário Mourão também foi recebido na Câmara de Faro, visitou o Agrupamento de Escolas do Montenegro e inaugurou a nova sede da UGT na região.

 

 

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