Morreu Franco Charais, antigo Capitão de Abril

Ajudou na redação do programa do MFA

O antigo capitão de Abril Manuel Franco Charais morreu esta terça-feira aos 93 anos, anunciou a sua mulher, a artista plástica Stela Barreto, numa publicação na rede social Facebook. Franco Charais vivia há décadas em Portimão.

Tenente-general do Exército já reformado, Manuel Ribeiro Franco Charais nasceu no Porto, em Cedofeita, a 24 de fevereiro de 1931, sendo Tenente-general do Exército já reformado.

Franco Charais colaborou na redação do programa do Movimento das Forças Armadas (MFA) e, entre 1974 e 1982, integrou a Comissão Coordenadora do MFA, Conselho de Estado, Conselho de Revolução, tendo ainda comandado a Região Militar do Centro.

A Associação 25 de Abril emitiu um comunicado de pesar, assinado por Vasco Lourenço, amentando a perda de “um dos seus melhores” e classificando Charais como “um dos principais artífices do 25 de Abril”.

Segundo esse comunicado, “Franco Charais seria, nesse processo de consolidação, um dos principais dirigentes do MFA, seja na Comissão Coordenadora, no Comando da Região Militar do Centro, no Conselho de Estado, no Conselho dos Vinte ou no Conselho da Revolução, onde se manteria até à sua extinção em outubro de 1982”.

 

Franco Charais, ao centro, em 1975, com Vasco Gonçalves e Melo Antunes

 

Depois de catorze anos à frente de um projeto de cooperação técnica com Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, do qual foi fundador, e após um curso no ateliê da pintora Stela Barreto, decidiu dedicar-se à pintura a tempo inteiro.

Participou, com a sua mulher, em exposições em várias cidades portuguesas e também em Espanha, Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Japão e França: Albufeira, Aveiro, Beja, Carvoeiro, Coimbra, Évora, Estremoz, Faro, Lisboa (Padrão dos Descobrimentos, Cervejaria da Trindade, Museu Militar, Associação 25 de Abril), Lagos, Loulé, Parede, Portalegre, Portimão, Porto, Guimarães, Setúbal, Santarém, Santo Tirso, Sesimbra, Sintra, Silves, Vila Real, Vilamoura, Viena (Austria), Boston (USA), Bona (Alemanha), coletivas na Sociedade Nacional das Belas Artes, Palos de La Fronteira, Valência (Espanha), Lourdes e Angoulême (França), Japão (Okinawa) e Barcelona (V Salão Internacional de Artistas Contemporâneos Independentes).

Foi condecorado com a Grã-cruz da Ordem da Liberdade, Medalha de Ouro de Serviços Distintos com Palma e Grau de Cavaleiro da Ordem de Aviz.

 

 

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