Marcelo terá mesma «frente comum perante problemas» com novo Governo que teve com anterior

Declarações hoje em Vila Franca de Xira

O Presidente da República defendeu hoje que deve ter com o novo Governo a mesma predisposição que tinha com o anterior para «uma frente comum perante problemas nacionais», considerando «preferível» se for possível ter o Orçamento do Estado aprovado.

«Eu acho que tenho a obrigação também de, havendo problemas importantes ou decisões importantes, ainda que por menos tempo e de forma menos intensa, ter a mesma predisposição relativamente ao novo primeiro-ministro e ao novo Governo. Por menos tempo porque o mandato está mais próximo do fim», respondeu Marcelo Rebelo de Sousa à margem da inauguração de uma exposição em Vila Franca de Xira quando questionado pelos jornalistas se esta é uma nova fase de coabitação com o Governo de Luís Montenegro.

O Presidente da República recordou como nos últimos anos, e «até às vezes desagradando» a sua área política, entendeu ser fundamental «em momentos cruciais, estar ao lado do primeiro-ministro e do Governo anterior», referindo-se a António Costa e à «crise financeira, crise bancária, fogos ou pandemia».

Para Marcelo Rebelo de Sousa, «em momentos cruciais» solidariedade significa o Presidente da República «estar em conjunto, em muitos momentos com o parlamento, mas noutros com o primeiro-ministro e com o Governo, naquilo que é uma frente comum perante problemas nacionais».

«Não há dúvida de que estamos com questões fundamentais para o país. Para mim a mais é importante é, além das que decorrem da guerra da Ucrânia e por isso é que eu convoquei um Conselho de Estado mal foram eleitos os novos membros, mas o problema do PRR porque todos temos a noção que é uma corrida contra o tempo», explicou.

Questionado sobre se a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 era uma dessas questões, o Presidente da República afirmou que essa é «outra realidade».

«É evidente que se for possível haver estabilidade política e estabilidade económica e financeira e portanto ser viabilizado o Orçamento do Estado, penso que estamos todos de acordo que se isso for possível é preferível», insistiu.

Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que vê essa possibilidade, mas ressalvou que isso «depende dos partidos».

«Sabendo da experiência do passado é bom isso estar presente precisamente porque estamos numa situação internacional pior, porque estamos com o PRR atrasado, porque temos desafios económicos e financeiros pela frente muito urgentes, se for possível haver a viabilização do orçamento, melhor», enfatizou.

 



Comentários

pub